Ativo, passivo ou versátil: o que você curte?

Aquela perguntinha clássica:
O que você curte?

Quem usa os aplicativos de pegação sabe bem do que eu estou falando. Antes de descobrir o nome, interesses, idade e onde mora, a primeira grande dúvida é a preferência sexual.

E tem vários que não falam nem um “oi, tudo bem?” para fingir sutileza. Ao contrário, vão direto ao que interessa: Ativo ou passivo? Aqui ou aí?

Bom, longe de mim querer criticar. Afinal, para muitos, o objetivo da buatchy virtual é esse mesmo: só sexo. Agora, é preciso deixar claro que tem gente que se ofende com essa pergunta, sim.

Evidente que, no caso de um encontro, o questionamento é bastante válido, já que existem gays só passivos e gays só ativos. O problema é quando a perguntinha vem de alguém completamente aleatório, algum curioso que quer especular se você é a “mulher” ou o “homem” da relação.

Bom, nesses casos, o meu conselho é o seguinte: você vai transar com essa pessoa? Não?

Então, não é da conta dela saber o que você curte entre quatro paredes.

Simples assim.

Responda, então, para você mesmo:
Ativo, passivo, ou versátil?

Quando o assunto é sexo, não há regras. Cada um tem a sua preferência: alguns gostam de ser só passivos (serem penetrados), outros só ativos (penetrar) e há quem curta atuar nos dois papeis.

Não gosto da ideia de estereótipos: acho que cada um deve ser o que quiser, livre de rótulos. Porém, entender o papel preferido na cama é também entender que tipo de expectativa esperar do parceiro.

Quem dera todos gostassem de tudo. Se você se encaixa nesse abençoado grupo, levante as mãos para o céu e agradeça. Meus amigos falam que a vida é bem mais fácil para os versáteis. E é verdade.

Os versáteis, quando são verdadeiramente versáteis, paqueram sem preocupação. Eles se permitem conhecer pessoas sem as neuras da hora “H”. Assumem a posição que mais convém no momento e mandam ver, tudo sem nenhum tipo de constrangimento.

Mas, apesar de curtirem as duas posições, se reservam ao direito de ter o seu biótipo preferencial, aliás, como todos os outros. Uns preferem estar no controle da transa, outros sendo controlados.

E essa preferência pode variar de acordo com o tamanho do parceiro. Ou pode variar, simplesmente, de acordo com a vontade que der na hora.

E tá tudo certo. Não tem regra.

Agora, se você pensa que o prazer do ativo vem apenas da penetração, está enganado. O prazer do ativo vem também da sensação de dominação do companheiro. Da mesma forma, o passivo não se excita só com a ideia de ser penetrado, mas sim de ser dominado.

E o contrário também pode ser verdade: passivos dominantes, ativos submissos.

Por que não? Tudo bem, tudo normal.

E mais:

Um passivo pode se tornar ativo com o tempo? Claro que pode!

Um ativo pode se tornar passivo com o tempo? Claro que sim.

Preciso repetir que NÃO HÁ REGRAS?

Ver a questão da preferência sexual apenas pela lógica de penetrar e ser penetrado é totalmente simplista e errôneo. Afinal, todos os homens possuem zonas erógenas tanto no ânus quanto no pênis.

A preferência sexual tem a ver muito mais com fatores psicológicos de prazer do que puramente biológicos, embora os dois estejam intimamente ligados.

Conheço vários gays passivos que nunca foram ativos e falam que nunca vão ser. Eles simplesmente não se imaginam penetrando alguém, se sentem estimulados apenas em ser penetrados e têm isso muito claro para si.

Contudo, sei que essa não é a realidade de todos os gays. Muitos homossexuais não gostam de ser assumir passivo por completo para não serem taxados de afeminados ou menininhas da relação.

O que é uma grande besteira! Ser ativo não faz de você mais másculo. E, acredite, nem todos os afeminados são passivos.

Inclusive, já recebi e-mails de gays afeminados que são só ativos, mas que têm dificuldade de se relacionar com passivos, exatamente pelo perfil mais feminino.

Da mesma forma, nem todos os “machões” são ativos. Você se surpreenderia com a quantidade de gays bem discretos por aí, com pinta de hétero, que na hora H viram de bundinha.

Lembre-se: ativos e passivos se complementam.

Aliás, uma prática não existe sem a outra. Já pensou nisso?

Tentar decifrar o que alguém prefere por sua aparência ou seu comportamento é uma tremenda bobagem.

Diversificar é preciso?

Tem gente que diz que quem não diversifica não tem relacionamentos gays duradouros. Eu não seria tão radical na afirmação.

Versatilidade não é, nem nunca será, uma regra. 

Sem dúvidas, a vida sexual de alguém que diversifica é bem mais fácil. Mas, no caso de um gay que não sente a menor vontade de ser ativo ou passivo, que simplesmente não se imagina na posição contraria à sua, diversificar não é preciso não.

Claro, essa pessoa poderá ter mais dificuldade para encontrar um parceiro que também se satisfaça apenas de uma maneira. Mesmo assim, de nada adianta forçar algo que não tem vontade só para agradar o outro.

Sexo deve ser bom para ambas as partes, sempre.

Experimentando

Em outra situação, muitos gays começam versáteis durante um bom tempo, se conhecendo e explorando ambas as possibilidades até que optam pelo que mais gostam: ser passivo ou ativo.

Essa, na realidade, seria a situação ideal: que o homem desfrute do seu prazer e se conheça antes de optar por o que mais de identifica.  O que acontece, muitas vezes, é que não é feita uma escolha consciente.

Alguns homens, por medo, acabam não se experimentando e assumindo uma posição defensivamente. Só mais tarde conseguem explorar suas possibilidades.

É por isso que existem muitos casos de homens que foram só ativos durante um bom período de sua vida e depois, quando se sentiram mais à vontade, decidiram ser só passivos. Ou homens que começaram passivos e descobriram que curtem mais ser ativos. Não existe outra forma de descobrir preferências a não ser experimentando.

Mas, repito, para experimentar é necessário que haja vontade (por mais escondia que ela esteja).

Leia também:
[Primeira vez como passivo: Aprenda como se preparar]

Aplicando a lei da vontade

Existe muita pressão em cima das categorias ativo, passivo ou versátil, mas o que elas mudam no fim das contas?

Aplique a lei da vontade!

Tem vontade de ser passivo só com namorado? Seja!

Normalmente é passivo, mas quer ser ativo? Seja!

A construção da identidade não é influenciada pelo poder mágico do pênis, esteja você em qual ponta dele estiver. O correto mesmo é ser quem você é e não forçar ser uma coisa ou outra. Ninguém é obrigado a nada.

No fim das contas, o que importa de verdade é o seu prazer.

Agora me diga: você está cansado de conhecer caras que querem só sexo e nada mais?

Então, que tal saber mais sobre como arrumar um namorado no menor tempo possível e evitar mais frustrações amorosas?

Você pode se tornar irresistivelmente atraente para os outros homens, apenas desenvolvendo algumas características e tomando as atitudes certas.

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