Por que é tão difícil achar um gay a fim de relacionamento sério?

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Desisti de procurar namorado.
Amar dói mais que dar para boy bem dotado.
Leitor anônimo

Muitos homens gays já desistiram. Simplesmente cansaram.

Cansaram de ser mais um pedaço de carne exposto na tela do aplicativo e de conhecer apenas caras que só querem sexo e nada mais. Cansaram de encontros sem futuro, de ter a necessidade fisiológica saciada e, logo depois, sentir um vazio maior do que antes. Cansaram de colecionar tentativas mal sucedidas, de sentir a dor da bunda lindamente chutada e de ganhar mais uma desilusão amorosa para contar. Cansaram de conviver com a infidelidade, com o desrespeito, com a falta de compromisso.

Sim. Cansaram de tudo isso. E, claro, cansaram de procurar namorado, afinal “no mundo gay hoje em dia ninguém quer nada sério”.

Daí eu fico pensando: será verdade?

Ao mesmo tempo que vejo muita gente desistindo do amor, também acompanho tantos outros que dizem sonhar com uma relação duradoura, com um parceiro verdadeiro, alguém para estar junto até que a morte separe.

Só que esse sonho nunca vira realidade…

Por quê?

Bom, a questão é muito mais complexa do que o simples fato de querer compromisso ou não. Assumir um relacionamento gay envolve uma série de fatores, que vão muito além de uma mudança de status no Facebook.

E isso é assunto que renderia um livro inteiro, diga-se de passagem. Mas falaremos aqui hoje de alguns pontos determinantes para a atual falta de comprometimento nas relações homoafetivas.

São eles:

Fator 1: A tecnologia e a banalização das relações

grindrPara começar, é importante ter em mente que, atualmente, relacionamentos superficiais não são um fenômeno exclusivo dos homossexuais. Esse é, ao contrário, um problema que tem afetado todas as pessoas, independente da orientação sexual.

A pergunta não é bem o que anda acontecendo com os gays, mas sim o que anda acontecendo com a sociedade como um todo.

Há quem defenda que a tecnologia enfraqueceu as relações. Verdade ou mentira, o fato é que nunca foi tão fácil conhecer e descartar pessoas.

Do mesmo jeito que conseguir sexo é tão banal quanto passar o dedo da direita para a esquerda, sumir da vida de alguém também não exige esforço algum. Basta apertar os botões “bloquear”, “excluir”, “desafazer amizade” e pronto.

Página virada!

E imaginar que, no século passado, os gays tinham que se encontrar em lugares escondidos ou em guetos…

Claro que também temos muito a agradecer às novas tecnologias. Como seria possível, sem elas, encurtar as distâncias e se comunicar com gays de todo mundo na velocidade de um clique?

Pois é, não dá para negar que as maravilhas da internet podem ser fortes aliadas na busca de um boy magia. Assim como também não dá para negar que elas não são as únicas culpadas pelo fracasso dos relacionamentos…

É essencial estar ciente de que as redes sociais, os aplicativos de paquera e as salas de bate-papo são apenas uma ferramenta. E, como toda a ferramenta, é cada um que decide o uso que vai fazer dela.

Fator 2: O armário

dentro-do-armarioSim, é difícil encontrar gays a fim de relacionamento sério porque muitos não estão nem interessados, nem preparados para isso.

Como esperar mais do que uma trepada sem compromisso de uma relação com um gay que não saiu do armário? Isso seria o mesmo que querer colher uma planta antes mesmo de ela florescer.

Não vai acontecer. Não é a hora certa.

Fator 3: A homofobia internalizada

homofobia-internalizadaAqui está a explicação para a maioria dos casos: não basta ser assumido, é preciso ser bem resolvido.

Grande parte dos gays até já saiu do armário, mas deixou lá boa parte da sua identidade e personalidade.

Enquanto não se aceitam por completo, eles têm muita dificuldade de levar relacionamentos adiante, pois isso significa ter que encarar de frente as próprias questões mal resolvidas.

Então, o sexo rápido se torna muito mais prático: dá menos sofrimento e evita dor de cabeça.

Frases como “os gays só pensam em sexo” ou “ninguém quer nada sério” não são meras constatações da realidade, mas sim indicadores poderosos da homofobia internalizada.

Tomemos como exemplo um homem gay que foi muito discriminado em casa e teve dificuldades para revelar a sua sexualidade à família. Esse homem pode se sentir até hoje uma “má” pessoa pelo fato estar fazendo algo que os pais julgam ou julgavam errado. Algo imoral, que Deus não aceita.

O sentimento de culpa é fruto do preconceito e tem consequências muito graves.

A lógica é simples:

Se um menino gay cresceu com vergonha, com medo e se sentindo a ovelha negra da família, como vai achar que é merecedor de felicidade? Como vai se permitir ter um namorado?

Por isso, muitos gays não se consideram dignos de receber afeto. Consequentemente, pensam que o parceiro vai enxergá-los como eles acreditam ser e, então, boicotam relações promissoras antes mesmo que elas comecem.

Ainda assim, também é interessante analisar que estar sozinho é um rótulo que a maioria não quer carregar.

Acredite: todo dia, a cada novo encontro marcado pelo Grindr, mais do que resolver as necessidades fisiológicas, o gay quer saciar um pouco dessa carência sentimental.

Fator 4: A falta de modelos de referência

modelos-referenciasA maioria dos gays cresce em famílias heterossexuais e passa boa parte da infância e da adolescência sem nem conhecer um casal gay.

Mesmo depois de terem saído do armário e passado a conviver com outros gays, não é muito comum encontrarem casais homossexuais estáveis e visíveis. Muitos escolhem, então, viver uma vida de relações vazias porque acreditam que o modelo de casal não é compatível com o estilo de vida homoafetivo.

Além disso, um dos problemas que afetam a saúde psíquica de jovens homossexuais é a ausência de modelos positivos gays públicos (como na mídia, por exemplo).

Pense comigo:

Quem, no Brasil, é um gay adulto, profissional, independente, bem-resolvido e assumido?

Reformulando a pergunta:

Em quem um menino gay hoje pode desejar se tornar quando crescer?

A resposta:

Ninguém.

As novelas, quando mostram personagens gays, ou eles se comportam como heterossexuais ou são o paradigma da “bicha louca e vulgar”.

A verdade é que o jovem homossexual se sente mal, deprimido, envergonhado e com nojo dos seus próprios desejos não porque a homossexualidade é errada, feia ou imoral. Mas sim porque, muito antes de ele sentir o primeiro desejo por outro homem, a sociedade já havia enchido a sua consciência de imagens que associavam os gays à vergonha e pecado.

Vale destacar ainda que a falta de literatura específica sobre o tema e de especialistas em aconselhamento para casais gays também torna essa empreitada uma aventura ainda mais solitária.

Claro que hoje em dia, felizmente, cada vez mais estão surgindo profissionais dedicados a esse mercado. De todas as formas, o “amparo” para relacionamentos heterossexuais ainda é infinitamente maior.

Quando um casal hétero se forma, os anjos dizem “amém”. Quando se depara com dificuldades, encontra facilmente ajuda para resolver os problemas. Quando se separa, além do apoio de familiares e de amigos, terá, provavelmente, a compreensão de todos à sua volta, assim como todos os recursos que a sociedade lhe oferece.

Já para o casal gay, muitas vezes invisível, boa parte desses privilégios pode ser negada.

Como, então, enfrentar as crises inevitáveis sem o suporte daqueles que estão próximos? Onde buscar ajuda de forma segura e confiável?

Acho que é por isso que existimos… 🙂

Aproveite para ver o vídeo:

Só é feliz junto quem sabe ser feliz sozinho

No fim das contas, o mais importante é ter consciência de que o problema pode até estar nos traumas do passado, na sociedade homofóbica ou no mundo injusto.

Mas a solução está apenas em um lugar: você mesmo!

Todos os fatores citados acima podem, sim, ser superados com uma mudança de atitude do próprio homem gay.

Como dizia  o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, “para uma pessoa se relacionar com outra, ela precisa primeiro saber lidar consigo mesma e com a solidão.”

E é isso que falta a muitos gays: autoestima.

Falta respeitar os sentimentos, falta ter consciência do próprio valor, falta confiar no próprio taco.

Até porque um namoro perfeito é o encontro de duas pessoas que se bastam, mas que querem ser mais completas ainda juntas. Duas pessoas que se conhecem, que sabem usufruir da própria companhia, mas que querem compartilhar a felicidade e o amor que têm.

Não existe lugar certo,
se você não for a pessoa certa

A gente passa a vida inteira buscando lugares, buscando pessoas, buscando situações perfeitas, sem se dar conta de que o primeiro grande encontro está em nós mesmos.

Desculpe, mas serei obrigada a mandar um choque de realidade forte aqui:

Não existe lugar certo, ou lugar ideal, se você for a pessoa errada.

Simples assim.

Sabe por quê?

Porque você poderá até esbarrar nesse cara bacana. Com sorte, poderá até marcar um encontro, um drink, um cineminha.

Só que, se você não estiver preparado para sustentar essa relação, cedo ou tarde vai colocar tudo a perder.

Seja por falta de autoestima. Seja por falta de segurança. Seja por ciúmes excessivo. Seja por falta de aceitação própria…

Vai dar ruim em algum momento. Você sabe que vai.

A verdade é uma só:

Muita gente quer ENCONTRAR um cara interessante, mas pouca gente está disposta se TORNAR um cara interessante.

Daí não existe mágica.

Você poderá frequentar todos os lugares da moda, poderá descobrir as festas com mais gente bonita da sua cidade, poderá, inclusive, rodar o mundo, do Oiapoque ao Chuí…

Mas, se não tiver conhecido ainda esse mesmo amor que está procurando dentro de você, de nada adiantará.

Lamento muito.

Por isso, eu sugiro que inicie a busca pela ordem inversa.

Se tá difícil encontrar homens interessantes por aí, que tal começar encontrando esse homem interessante no próprio espelho?

Já te digo: melhor lugar não há!

Achar um homem gay para se apaixonar e namorar é barbada. Difícil mesmo é se apaixonar e namorar com aquela pessoa que mais importa: você.

O que aconteceu ou deixou de acontecer já foi. A pergunta é: o que você vai fazer a partir de agora?

Amar é também ter coragem de insistir. De rever pontos de vista. De mudar. De se reinventar. De lutar.

Aliás, como tudo na vida, os progressos nos relacionamentos só acontecem quando estamos fora da zona de conforto.

Entenda que, independentemente do motivo da sua insegurança, você é dono das suas próprias ideais. Isso quer dizer que pode – na realidade, deve – começar a trabalhar todos os pensamentos limitantes que te boicotam e liberar todo o seu potencial.

O que aconteceu ou deixou de acontecer na sua vida já foi. O que interessa é o que você vai fazer de agora em diante. E isso está totalmente sob o seu controle.

Você já deve ter observado que, mesmo sem um cérebro genial, dinheiro ou educação de ponta, alguns homens conquistam coisas impressionantes (e caras mega interessantes).

Da mesma forma, tem outros que “teriam tudo para dar certo”, mas só o que fazem é perder  tempo, energia e saúde tentando, sem sucesso, conquistar os seus objetivos. Sejam eles profissionais, sejam eles amorosos.

Talvez você pense que tudo isso não passa de acaso, destino ou sorte… E, se você pensa assim, não poderia estar mais longe da verdade.

Existe uma jornada. Existe um caminho. E, principalmente, existe uma escolha:

A escolha de ser o protagonista da própria vida. 

Já pensou resgatar a sua autoestima, turbinar a sua autoconfiança e descobrir o poder dentro de você para criar uma vida extraordinária?

Então, conheça o treinamento que está empoderando centenas de homens gays por todo o Brasil, mostrando a eles como assumir o controle da própria história.

Viva relacionamentos reais, melhore a sua saúde e oriente a sua carreira de uma maneira que você nunca achou que fosse possível.

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