Você beija bem? Descubra aqui!

beijo-gayBeijar é bom e todo mundo gosta. Mas a dúvida é: será que gostam dos seus beijos?

Quantas vezes você molhou os beiços na balada, trocou telefone e depois nunca mais teve notícias do boy? Nem sinal de fumaça, nem batuque de tambor. Nada.

O sumiço foi tão cruel que, claro, você ficou se perguntando: será que eu beijei mal? Será que eu estava com mau hálito? O que aconteceu? Por que ele está desperdiçando esta incrível oportunidade chamada “eu”?

Bom, nesse caso, não vamos pirar: as razões podem ser das mais variadas e a culpa não é, necessariamente, da sua má performance bucal. Agora, também não podemos negar que o beijo é parte fundamental na hora da conquista.

Arriscaria dizer que ele funciona como uma espécie de medidor de temperatura de um casal.

Não adianta ser bonito, rico e pirocudo, se a sua pegada não acompanhar esses bons predicados. Em uma balada, é a partir do beijo que um boy vai avaliar o seu potencial na cama — e decidir se quer levar a brincadeira para patamares mais elevados.

Mas, fora da cena noturna, também: o beijo – e a intimidade que ele pressupõe – pode ativar mecanismos inconscientes que nos ajudam a concluir se devemos ou não investir em uma relação.

Pensando nisso, chegou o momento de conhecer a verdade sobre o seu beijo. As próximas perguntas revelarão o quão bom – ou ruim – beijoqueiro você é.

Esclarecimento importante:

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que este não é um manual com a fórmula certeira para o beijo de língua perfeito.

Até porque não existe beijo perfeito, existe o seu beijo. Que é diferente do beijo do fulano, do beltrano e assim sucessivamente.

Também não existe encaixe unânime. Sabe quando uma calça orna perfeitamente com uma camiseta do seu guarda-roupa? Então, tem gente que vai combinar com o seu jeito de beijar, outros, nem tanto.

Mas, de acordo com o livro The Art of Kissing (A Arte de Beijar, em português), há várias dicas que podem ajudar a garantir uma boa performance, seja com quem for.

Afinal, tem beijos que, de primeira, não são tão bons e depois, com o tempo, ficam excelentes. A prática leva à perfeição, já diria o ditado popular.

Recado para os veteranos:

Acha que, no alto da sua experiência, beijar bem é uma preocupação de adolescente?

Seja você um moleque de 12 anos treinando em uma laranja ou um cara beirando os 40 e passando pela maior seca amorosa da história, algo em comum vocês têm: uma vontade louca de beijar na boca – e muito bem, de preferência.

Então, antes de fazer a linha “macaca velha”, leia com atenção:

Por que você não deve subestimar a importância de um beijo?

Tem quem acredite que beijo na boca é mais intimo do que penetração – os garotos e garotas de programa que o digam.

Divergências a parte, a frequência com que nos beijamos está relacionada com o nível de satisfação na relação: segundo pesquisa indicada no livro, a quantidade de vezes que um casal se beija é proporcional ao estado de felicidade a dois.

E não para por aí. É preciso que os beijos sejam bem dados: 59% de homens e 66% de mulheres admitiram já ter terminado uma relação porque a parceira ou o parceiro beijava mal.

Portanto, todo o cuidado é pouco.

Se isso não for prova suficiente da importância do “encontrar de lábios”, fique sabendo que as pessoas recordam mais facilmente o primeiro beijo do que a primeira relação sexual.

A não ser, claro, que você conheça o seu futuro namorado bêbado em uma micareta ao som de Chiclete com Banana. Caso contrário, muito provavelmente as lembranças do primeiro beijo vão ser bastante fortes em sua memória.

Pelo menos foi o que descobriu o psicólogo John Bohannon, da Universidade de Butler, nos Estados Unidos. Ele conduziu um estudo com 500 pessoas, das quais a maior parte recorda quase 90% dos pormenores do primeiro beijo – não podendo falar com o mesmo nível de detalhe sobre a primeira experiência sexual.

Convencido? Então, vamos ao teste:

#1. Você pede para dar um beijo?

Putz, se sim, já começou mal.

Não pergunte isso!!! Beijo não se pede, se rouba.

A melhor forma de se beijar é aquela em que você não diz nada, apenas olha nos olhos, abraçado, e aproxima perigosamente os lábios.

Nesse momento, a decisão é dele. Se permitir a aproximação e continuar confortável com isso, vá em frente. Caso contrário, volte duas casas no game da sedução. Afaste-se e crie uma conexão emocional mais intensa.

Sinais de que ele quer ser beijado são às vezes bem discretos, mas vale a pena prestar atenção em alguns detalhes. Ele ri de todas as suas piadinhas sem graça? Te olha com olhar penetrante? Vocês estão sozinhos e ele fica confortável segurando a sua mão?

Se as respostas para essas perguntas forem sim, é hora de agir. Quando começamos a observar esses sinais, vemos que eles são mais frequentes do que imaginamos. São os chamados indicadores de interesse.

Outra coisa: sempre faça a escalada física. Ao invés de simplesmente passar da conversa para o beijo, é importante que você comece fazendo toques sutis.

#2. Você começa devagar ou faz a linha desentupidor?

Como já dito aqui, não existem regras para o beijo perfeito, cada um tem o seu próprio estilo. Por isso, a boa dica é começar com calma e ir sentindo como é o ritmo do outro.

Não vá direto com sede ao pote, como se estivesse querendo se enfiar dentro da boca do boy. Nessas horas, delicadeza é tudo – e eles também apreciam.

Faça movimentos mais leves enquanto analisa as preferências de quem está na sua frente.

Com o tempo, você pode ir aumentando a intensidade, mas sem nunca parecer desesperado.

Uma ideia é começar o beijo apenas com os lábios e, aos poucos, colocar a sua língua dentro da boca do bofe, de forma suave, como se pedisse licença.

A língua não precisa ser a primeira a entrar em cena, mas é fundamental que ela participe. Um beijo sem língua pode parecer vazio, sem graça. Faça movimentos circulares ou deixe ela ir para onde quiser.

Seja como for, esteja sempre atento às respostas dele: se ele te puxa para perto, ou se ele se mantém mais afastado. Tudo isso vai definir o quanto você pode acelerar a coisa ou não.

Descubra o ritmo dele e imponha o seu também. Deixe ele comandar alguns movimentos, siga-os e, depois, vá fazendo os seus próprios. Um bom beijo é assim, feito por duas pessoas.

#3. Você chupa aquele Halls esperto antes ou vai na cara e na coragem?

Sabe quando você vai num churras, passa a tarde inteira no xaveco com um boy, mas só depois de se fartar de picanha, frango a passarinho e pão com vinagrete é que vocês se beijam?

Pois é, nesse momento, você está diminuindo a sua sensualidade em um 70%…

Te pediram um beijo saboroso e você decidiu encarar o desafio de forma literal, né?

Gato, se você já sabe que vai ter chance de beijar naquela noite/dia, então, nada de comer bife acebolado e sair de casa com os dentes mal escovados.

Capriche para esse momento. Se prepare, passe o bom fio dental, escove bem os dentes e compre algumas balas ou chicletes de hortelã.

Não tem como você beijar bem quando o seu hálito não está saudável e refrescante. Sério, isso é muito importante!

#4. Você beija de boca aberta ou semi-fechada?

Pode parecer loucura essa pergunta, mas, por mais estranha que ela seja, é uma colocação bem válida. Acredite, algumas pessoas têm verdadeira dificuldade em abrir a boca na hora de beijar.

E não existe nada pior que aquele beijo fechado, que quase não sente a língua do outro.

Tá, não precisa abrir o bocão como você faz no dentista. Não precisa mostrar até a sua carie mais profunda. Mas um mínimo de dilatação é necessário.

#5. Na hora do beijo, o que você costuma fazer com as mãos?

Quer saber como é um beijo ruim? Aquele dado de corpo afastado, sem os braços nos ombros e mão na cintura.

Entenda que o toque faz parte do pacote. Mexa-se!

Pegue no pescoço, aperte, passe as mãos nos cabelos e nas costas. Saiba que as mãos na nuca, puxando o boy para perto de você, é a primeira atitude para deixar o beijo ainda mais envolvente.

Quem beija como se estivesse com medo de levar um choque, mal tocando os corpos, acaba causando uma má impressão. Contudo, é bem verdade que o mesmo também vale para caras que vão com muita sede ao pote, tentando avançar o sinal sem a aprovação do outro.

Agora, se há aprovação, dependendo do local onde estiver, arrisque aquela mão boba na neca ou na bunda. Mas, veja bem, atente para o local. É preciso manter a elegância, afinal.

#6. E os olhos? O que você faz com eles durante o beijo?

Peloamor, não me diga que você fica com eles abertos!

Beijo se dá de olhos bem fechados.

E isso tem explicação: as pessoas são menos sensíveis ao tato com os olhos abertos. Ou seja, o nosso cérebro tem dificuldade em processar um sentido ao mesmo tempo em que tem um estímulo visual.

Pense comigo: se o beijo fosse dado de olhos abertos, seria como atravessar a rua: você olha atentamente quando não há carros e atravessa. Você poderia até beijar e cozinhar ao mesmo tempo, observando o ponto para a comida não queimar…

Mas é exatamente essa convenção de fechar os olhos que faz do beijo algo tão especial: nada mais importa, só aquele momento.

#7. Você faz movimentos suaves ou move a língua freneticamente?

Beijo não é uma corrida! Mover a língua muito rapidamente, abrir demais a boca e outros exageros podem ser desconfortáveis e não agradar nadinha a quem está com você.

Lembre-se que língua não é enxaguante bucal, então não fique rodando-a entre os dentes do parceiro como se quisesse fazer um reconhecimento da arcada dentária dele.

Calma! Beijar bem é beijar com calma, sentindo o cheiro da pessoa e abraçando seu corpo por completo.

#8. Seus beijos são longos ou curtos?

Ficar muito tempo beijando também pode ser uma furada: nos beijos de língua mais longos, intercale com alguns selinhos para aliviar e dê algumas pausas para a conversa.

Assim, além de recuperar o fôlego, você também cria uma boa oportunidade de conhecer melhor seu companheiro e deixar o beijo ainda mais gostoso.

#9. Você beija só a boca ou desce para o pescoço?

Por que ficar apenas nos lábios se você tem todo o resto?

Pescoço, por exemplo, rende beijos muito sensuais, o mesmo acontece com o ombro. Na hora de brincar, pode beijar a sua bochecha, testa, olhos, orelha, braços e o que mais estiver à mostra.

Obs.: Nada de deixar marcas (chupões) no pescoço dele ok?!!

#10. Você para de beijar abruptamente ou aos poucos?

Infelizmente, todo o beijo termina. Mas não precisa ser abruptamente, né?

Funciona mais ou menos como dirigir um carro: você não pisa o pé no freio a 120 km/h. É preciso, antes, reduzir a velocidade.

Sabe aquela delicadeza de que tanto falamos ao longo deste texto? Então: lembre-se dela na hora da finalização, também.

Tente terminar o momento com alguns beijinhos, estilo selinho, porque isso diminui bastante aquele clima abrupto.

Além disso, esse fechamento estratégico, com certeza, vai deixar a outra pessoa com vontade de quero mais…

Lembre-se: tem beijo para todos os gostos

Saber o que fazer com as mãos na hora do beijo, manter os olhos abertos ou fechados e mesmo gerenciar o tempo que o beijo dura pode fazer toda a diferença no efeito que ele tem no outro.

Mas, no fim das contas, beijos são como tudo na vida: uma questão de gosto.

Tem beijo doce, beijo faminto, beijo-mordida, beijo molhado. Tem os inesquecíveis, os surpreendentes, os que foram roubados e os que nos deixamos roubar. Tem beijo proibido, beijo ousado, beijo-tabu, beijo lambuzado…

E – o melhor de tudo – onde tem beijo, tem diversão.

Que seja intenso, que seja quente, que flua e que a gente troque o pudor pelo prazer.

A propósito, você já beijou hoje?