Amor ou zona de conforto? 10 sinais de que você está com ele por comodismo

Um tempo atrás, um amigo conheceu um cara no avião. Os dois, que viajavam de Barcelona a Toronto, trocaram olhares já na fila do embarque e, por uma ironia do destino, sentaram em poltronas lado a lado.

O voo era noturno, mas nenhum deles dormiu. Ao contrário, foram 8 horas de muita conversa e afinidades compartilhadas, o que seguiu nos dias seguintes por telefone e mensagens de texto.

Se saíram juntos no Canadá? Não. O boy não desembarcou lá, estava só fazendo conexão.

Mas sabe aquela história de rápido, porém intenso? Pois é.. Meu amigo ficou completamente apaixonado. E o outro também estava correspondendo com a mesma euforia.

Poderia ser um enredo perfeito para a próxima novela das 20h, não fosse um detalhe: meu amigo tinha namorado. E não era qualquer namorico, era coisa séria. Eles moravam juntos há anos. Dividiam a cama, as contas, os problemas…

Mesmo assim, lembro que ele voltou para a casa decidido a terminar o relacionamento.

Eu mesma me assustei com a sua determinação e convicção. Tanto que larguei aquela velha máxima: “Fulano, será que você não vai trocar o certo pelo duvidoso?”

Eis que ele me devolveu a pergunta com a melhor e mais sensata resposta:

Certo? Se esse homem mexeu tanto e tão rápido comigo, a única certeza que eu tenho é que a minha relação já não estava bem… Não era amor, era zona de conforto.

A felicidade começa quando a zona de conforto termina

E ele tinha razão.

Dúvidas sobre o novo sempre vão existir. Ser feliz é se arriscar mesmo. É dar a cara a tapa, é voar sabendo que se pode cair, é sentir frio na barriga, é não ter medo de se machucar.

Agora, acomodar-se em uma história que já não traz brilho aos olhos é como tapar o sol com a peneira e puxar a poeira para baixo do tapete…

Devo confessar que eu tirei o chapéu para o meu amigo. Poucos teriam a coragem que ele teve.

E não é para menos. Quem, em sã consciência, jogaria um balde de água fria em um castelo de areia construído com tanta dedicação?

Bom, bom não tá. Mas melhor ficar de boa aqui…

Quando a intimidade de um casal já é daquelas de misturar família e cartão de crédito, é difícil mesmo.

Um completa a piada do outro. Um sabe qual remédio funciona melhor para a dor de barriga do outro. Os convites das festas já vêm com o nome dos dois, os parentes já planejam natais juntos e os amigos já chamam para apadrinhar o filho.

Daí você começa a se questionar: isso é amor ou zona de conforto?

O engraçado é que, falando em “zona de conforto”, até parece um local arejado, espaçoso e acolhedor. Tipo suíte máster em hotel, com direito a ar condicionado ligado e banheira de hidromassagem…

Quem dera, né?

Na realidade, não passa de uma prisão psicológica. Um cárcere, onde dá até para reformar, colocar perfume, aumentar a música e simular uma paisagem incrível. Mas, ainda assim, continua um espaço apertado, incômodo e sem horizontes.

A verdade é que o tal “conforto” está longe de ser confortável.

Se para morrer basta estar vivo, para sofrer basta ficar parado e passivo.

Ser feliz requer mudança, desafio, movimento. A felicidade depende da capacidade de suportar uma dose grande de incerteza – como a do meu amigo com relação ao boy do avião.

Aliás, toda e qualquer nova rotina – seja no trabalho, em casa ou nos relacionamentos – exige uma reestruturação da função cerebral.

Como o nosso cérebro costuma fazer as coisas do mesmo jeito sempre, a novidade faz com que ele tenha que criar um novo padrão funcional. É trabalhoso, claro, e despende energia.

Por isso é tão fácil se acostumar a viver aquela vida mais ou menos. Sabe?

Não é uma infelicidade que enche os olhos de lágrimas. Longe disso. Mas também não é uma alegria que leva o riso à boca. É não estar plenamente contente e aceitar passivamente essa condição.

10 sinais de que você está em uma relação por comodismo

Esse é o seu caso?

Você já não dá bola para o que o seu boy comenta. Não faz mais muita questão de contar as novidades. Só de imaginar que irá encontrar com ele bate até aquele desânimo. Para completar, a vida afetiva e sexual já não rendem como antes…

Será que você não está nessa situação por comodismo?

Descobrir e reconhecer que o namoro se tornou puro apego não é tarefa fácil. Afinal de contas, depois de muito tempo de convivência, sempre vai existir um carinho grande pela outra pessoa.

O problema é quando esse sentimento já não traz empolgação e a frase oficial do casal se torna “tanto faz”.

Tanto faz estar com ele ou não. Tanto faz se amanhã vocês comemoram aniversário de namoro. Tanto faz se o céu está azul ou cinza… nada tem a mesma graça de antes mesmo.

Na dúvida, confira agora 10 sinais de que essa chama da paixão já virou fumaça faz tempo:

#1. Você não sonha com ele no futuro

Se, quando você sonha com o futuro, só consegue se imaginar longe do boy, vivendo a vida de outra forma, com outros círculos ou, se a presença dele ao seu lado já não é tão agradável como antes, atenção.

Pior: se você se imagina em um relacionamento sério com outros homens, alerta máxima! É normal sentir desejo por outras pessoas quando se está namorando, mas imaginar como seria melhor estar comprometido com elas ao invés do parceiro atual é uma bandeira vermelha.

#2. Você tem baixa autoestima

Muita gente se acomoda com o que tem e desiste de procurar uma pessoa melhor por falta de autoestima mesmo.

É o clássico caso daquele cara reprimido sexualmente, que se sente feio e incapaz de conquistar alguém bacana. Daí segue levando a vida como pode com quem tem disponível.

#3. Você age de maneira individualista

Você prefere sair com seus amigos  e, de preferência, sem o seu namorado? Toma decisões sem consultá-lo e não faz planos a dois para curto e longo prazo?

Desculpa, mas, sem compartilhar sonhos, metas ou mesmo ações diárias, não existe uma união verdadeira.

#4. Você tem medo de ficar sozinho

Tá aí um dos maiores aliados do relacionamento por comodismo: o medo da solidão.

Sim, muitas pessoas sentem verdadeiro pavor de ficar sozinhas e de experimentar o novo. Por isso, preferem seguir vivendo cinco, dez, quinze anos em um mundo de ilusão, tudo para evitar o “trabalho” de se apaixonar novamente.

#5. Sexo virou obrigação

Você já não se sente atraído por ele. Vocês só transam quando ele inicia – ainda assim, sem entusiasmo nenhum – e, às vezes, até inventa desculpas para negar fogo. Então, caia na real: esse já não é mais um momento de prazer para você.

É normal que em algumas fases a gente não queira tanto sexo. Às vezes estamos chateados, cansados, estressados e mais aquele monte de coisa que corta o apetite de (quase!) qualquer um.

Porém, se você não vê o seu parceiro como opção de alívio mesmo quando você está feliz, de bem com a vida e, pior, quando está há muito tempo sem transar, aí está um grande alerta vermelho!

#6. Sair juntos virou obrigação

No início, você se animava em sair para jantar ou ir a um barzinho. Agora, é quase que uma obrigação para manter a “normalidade” da relação.

Se também não existem mais momentos divertidos juntos, se as conversas estão no piloto automático e briguinhas bobas são constantes, melhor repensar.

#7. Você não tem mais vontade de agradar

Tudo bem que ninguém aguenta ficar agradando 24 horas por dia – até o Papai Noel tirou só um dia no ano para isso.

Porém, um agradinho aqui e outro acolá é sempre bem vindo e, nem precisa ser presente material, um bom sexo oral já faria o companheiro muito mais feliz.

Assim, se você não tem vontade nem de comprar o chocolate barato que o seu boy tanto gosta, é porque ele não está mais te instigando tanto a fazer isso…

#8. Vocês já não conversam

Quando vocês estão juntos só falam sobre amenidades ou, pior, trocam apenas palavras necessárias? Você demonstra mais interesse em checar o Facebook no celular, à mesa, do que compartilhar uma refeição agradável com o seu boy?

A ausência de diálogo entre um casal é um sinal grave de que o romance está desandando ou já desandou. Se você não sente mais vontade de conversar ou os momentos de silêncio vêm se tornando cada vez mais longos, talvez seja o caso de avaliar se quer mesmo continuar a relação.

#9. Vocês têm vínculos financeiros

Você até pensa em se separar, mas a situação financeira (sua ou de ambos) não permite? Eis um relacionamento que sobrevive à base do comodismo.

E não se trata apenas de não conseguir garantir o próprio sustento: alguns casais investem dinheiro em um imóvel, por exemplo, e preferem manter uma relação capenga e insatisfatória do que arcar com um possível prejuízo.

Sair de casa, procurar um novo lugar para viver, ter que voltar a morar com os pais, gastar com mobília, avaliar as distâncias entre casa e trabalho… Tudo vira desculpa para o comodismo imperar e a relação durar mais.

#10. Vocês já não se tratam da mesma forma

Se o seu boy já não beija mais você com paixão, não chama mais você pelo apelido carinhoso de sempre, se anda quieto, chateado, desanimado, ou mesmo, nervoso, é bom ter um papo sério com ele e, ao ver a sua reação, talvez seja a hora de vocês darem, a princípio, um tempo.

Se o mesmo acontece com você em relação a ele, é pouco provável que seja somente uma febre que esteja abalando o casal, mas sim, é a falta de interesse mesmo.

É hora de olhar para dento de si com cuidado, ver até onde exatamente você quer chegar com essa relação e até que ponto a felicidade se faz presente nela.

Ainda confuso?

Então, dá uma olhada nas 10 perguntas básicas que você pode se fazer para reavaliar o relacionamento e decidir que rumo tomar:

  1. EU amo o meu parceiro?
  2. Como EU quero estar daqui a 20 anos?
  3. Quais as qualidades do meu parceiro?
  4. Quais são as minhas qualidades?
  5. O que EU faço que sei que incomoda o meu parceiro?
  6. O que ELE faz e que me incomoda?
  7. O que EU posso fazer para melhorar o relacionamento?
  8. Como EU era no começo do relacionamento?
  9. Como EU estou agora?
  10. O que EU espero de um relacionamento?

Note que, das 10 perguntas, 08 são referentes a você mesmo e não ao parceiro. Ou seja, a chave do sucesso no relacionamento está em se avaliar, em se modificar e não em dedicar todo o seu tempo apontando os erros do outro na tentativa de mudá-lo.

E, se chegar à conclusão de que o seu comprometimento com o relacionamento já não é mais tão evidente, não magoe quem ainda está comprometido. Não desgaste e decepcione quem esteve tanto tempo com você.

Tenha a nobreza de dizer a essa pessoa o seus sentimentos de maneira sincera. Seja honesto consigo mesmo e com quem está ali do outro lado da cama, apostando no time, sem saber que está jogando sozinho.

Acredite: existe um mundo mágico fora da sua zona de conforto

Muitas vezes nos acomodamos sem nem mesmo perceber.

O tempo é cruel e não para, não importa o que aconteça. Dia a dia, ele continuará se arrastando e te arrastando junto, ainda que você implore para que ele te dê um pouco mais de tempo.

É difícil mudar isso, é difícil recomeçar, deixar para trás, esquecer, ignorar. Mas o recomeço pode te trazer novas perspectivas.

Por isso, não desperdice a oportunidade de pelo menos pensar sobre a possibilidade de dar um novo rumo à sua vida, de mudar a direção.

Não deixe que os seus relacionamentos se guiem pela necessidade de estar namorando, ou pelo medo de ficar sozinho, ou pela comodidade.

Se o seu amor ficou parado no tempo e não evoluiu, vá achar algo que te devolva o sorriso no rosto, que te faça pensar no futuro com a alma sossegada. Sem pressa. Sem medo. Sem pressão.

Se for para ficar ao lado de alguém, que seja porque essa pessoa enche o seu mundo de alegria como nenhuma outra faz. Encontrar um amor verdadeiro, no fundo no fundo, depende só da gente.

Procurando um companheiro de verdade?

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