Não precisou de muito tempo para ele te conquistar avassaladoramente e entrar sem pedir licença nos seus pensamentos, né?
Foi rápido, eu sei. Mas a magia está feita:
Você está completamente apaixonado e disposto a fazer o possível e o impossível para ver esse relacionamento decolar.
Sim, ele foi o escolhido para ocupar a preciosa vaga de dono do seu coração.
Boy foda pra caralho?
Que nada!
Vamos falar bem a verdade: poderia ter sido qualquer um.
Para quem tá com fome, qualquer comida serve
Já experimentou ir no supermercado com fome?
É uma tentação enorme, não é mesmo?
Você se joga na primeira coxinha requentada e acaba sempre comprando mais coisas do que precisaria.
Pois fique sabendo que na sua vida amorosa não acontece de maneira muito diferente…
Sejamos realistas aqui: qualquer candidato minimamente interessado, com todos os dentes na boca e a cueca bem preenchida já passaria nos seus filtros nada criteriosos.
Aliás, a sua seletividade mandou lembranças há algum tempo…
Planos de vida compatíveis? Objetivos semelhantes? Valores pessoais congruentes? Disponibilidade para algo sério?
Tudo detalhes secundários!
Porque, no fundo no fundo, o que você quer mesmo é não estar sozinho.
E essa é a sua única exigência.
Você acha que gosta dele, mas você gosta é de não estar sozinho
Sim, senhor.
Você acha que gosta dele, mas, na realidade, você gosta é de se sentir amado. Aprovado. Acompanhado. Amparado.
Você gosta é de ganhar um abraço no fim do dia. Uma mensagem. Uma ligação. Um beijo de boa noite.
Você gosta é de ter alguém por perto, mesmo que a companhia não seja lá das melhores…
E tudo isso te faz acreditar que ele é o cara certo para você. E que vocês foram feitos um para o outro.
Bullshit!
A dura realidade, meu amigo, é que você está procurando no outro aquilo que não encontra em você.
Daí você se empolga, se ilude, se engana. Acredita cegamente que é amor, quando amor é, exatamente, aquilo que te falta.
Você acha que é amor, mas é desespero.
Desespero por um cafuné, por uma palavra fofa e por alguém para, simplesmente, estar ali.
Você acha que é amor, mas é cilada.
Cilada porque você pensa que vai tapar os seus buracos emocionais com esse boy, mas não vai.
Você acha que é amor, mas é carência.
Exatamente: CA-RÊN-CIA!
E das brabas.
Tá carente?
Vá viajar, vá praticar um esporte, vá lê um livro.
Vá em busca de autoconhecimento, de novos hobbies, de novas paixões.
Novas paixões são inspiradoras. Para você, para os homens e para o resto do mundo.
Vá atrás de algo que te traga motivação, sorriso no rosto e brilho nos olhos. Independente de estar com alguém ou não.
Vá descobrir em você mesmo esse amor todo que vive descobrindo no outro.
Daí sim, você verá a magia acontecer de verdade.
Porque, no momento que você se encontrar, não vai se perder em mais ninguém.
No calor da carência, até a pior coxinha requentada serve.
Mas e quando a fome passar? O que te resta?
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