Bissexual ou gay em período de transição?

bissexual

Não foi nada fácil encarar a minha bissexualidade. Aceitar que eu gostava de homens já foi complicado, mas aceitar que, mesmo assim, eu não era gay foi um problema para anos de terapia. Todo mundo me fala que é temporário, que é uma fase, que uma hora eu vou me decidir. Ninguém entende que essa é a minha sexualidade.

O relato acima é de um leitor do site, mas a história é a mesma que se repete entre todos aqueles que “sofrem do mesmo mal”: gostar de ambos os sexos.

A sigla LGBT foi criada para abranger lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Era de se esperar que cada um ficasse no seu quadrado, respeitando a orientação sexual dos demais. Certo?

Certo! Porém, na prática, não é bem assim que acontece…

Numa época em que a compreensão e a aceitação da homossexualidade estão lentamente se tornando realidade, muitas pessoas ainda pensam que a bissexualidade é apenas um hobby sexy ou coisa de “gente sem vergonha”.

Tá bom, eu confesso: durante muito tempo, achei que todo bissexual fosse um gay em período de transição. Nunca engoli muito essa história de alguém que curte as duas coisas. Até que percebi que eu estava vergonhosamente errada.

Quem foi que determinou que homem só pode ficar com mulher? Ou vice e versa? A mesma regra se aplica aos bissexuais: quem foi que disse que uma pessoa tem que sentir atração por apenas um gênero?

O que diz a ciência

Para a ciência, a bissexualidade não é uma desculpa de gay que teme se assumir. Um estudo de 2011 da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, mostrou que homens bissexuais apresentam padrões de excitação similares quando estimulados por conteúdo erótico masculino e feminino.

Ou seja, existem bissexuais sim! E é muito desanimador quando seus próprios familiares acham que eles estão confusos ou passando por uma fase conturbada.

Uma classe incompreendida

Já reparou que os bissexuais costumam sofrer preconceito duplo? Para os heterossexuais, é difícil compreender a existência do desejo por ambos os sexos. Já os gays, apesar de carregarem a letra B no seu movimento LGBT, custam a acreditar que os bissexuais realmente existam.

Mesmo comprovados cientificamente, os bissexuais ainda parecem bastante invisíveis. Dificilmente encontramos pessoas que se autodenominam bi e se organizam para fazer esse debate em conjunto.

E sabe por quê? Porque aqueles com essa orientação sexual acabam unindo-se aos gays e às lésbicas para fugir das críticas.

Até para boa parte da população LGBT acredita que o bissexual é um gay que não saiu do armário. E essa ideia equivocada tem justificativa.

Alguns gays, às vezes até homens em casamentos convencionais, passam por um estágio em que se definem como bissexuais antes de assumir a homossexualidade. Quando aceitam que são gays, eles ficam céticos e acreditam que qualquer homem que se diz bissexual é exatamente como eles eram. Porém, nesses casos, a bissexualidade nunca existiu de verdade.

Independentemente da relação que vive no momento, o bissexual mantém seu interesse pelos dois sexos. Por mais que opte por um parceiro de determinado gênero, não muda o fato de que ele sente atração por homem e por mulher.

Homem bissexual, não homossexual

Se uma garota em um bar diz a um cara que ela é bissexual, provavelmente a reação dele será uma sobrancelha levantada, um pau duro e uma série de filmes pornográficos passando pela cabeça. Agora, se um cara diz a uma mulher que ele é bi, a coisa tende a ser um pouco diferente… Muitas perguntarão: “Ah, então você é gay?”.

Ser bissexual, por mais que englobe duas possibilidades na mesma categoria, ainda assim, limita. Sim, porque, ao contrário das mulheres bissexuais – que muitas vezes são consideradas ainda mais interessantes -, os homens bissexuais têm dificuldades de se relacionar com o sexo oposto depois da primeira experiência gay. É como se sua masculinidade já estivesse ferida para sempre.

Bissexual: ativo ou passivo?

No relacionamento gay, fica também a dúvida: se o homem bissexual gosta de sexo com mulheres, ele então seria apenas um parceiro ativo? Existem bissexuais passivos?

Claro que existem!

Saiba que não há uma regra. Assim como entre os heterossexuais e os homossexuais, não há uma receita de como fazer sexo e cada um tem suas preferências. Eles tanto podem ser parceiros ativos como passivos.

Atraído pelos dois sexos, não promíscuo

Muita gente acredita que bissexuais topam qualquer negócio, a qualquer hora, sem tempo ruim. Outros acham que ter um relacionamento com um bi não é sustentável, porque ele não seria confiável – já que poderia estar dando em cima de qualquer um.

Como os bissexuais podem se divertir com praticamente qualquer pessoa, é quase lógico que eles saiam por aí fanfarrando com todo mundo, certo?

Óbvio que não.

É claro que ser bissexual abre seu leque de opções, afinal, se pode ficar, apaixonar e amar tanto um homem quanto uma mulher. Mas daí a achar que o bi é mais infiel, que é promíscuo, que adora um ménage à trois, já é um tanto absurdo.

A dupla atração nada tem a ver com infidelidade ou promiscuidade. Dizer isso é o mesmo que afirmar que um homem que gosta de loiras e morenas não poderia viver em uma relação monogâmica, porque em algum momento o outro estilo de mulher lhe faria falta.

Já escutei muita gente por aí se perguntando: será que uma menina bi vai sentir falta do pênis quando transar com outra menina? E um menino bi vai se satisfazer com uma vagina quando estiver transando com uma mulher? Eles vão ter que ir atrás da compensação do sexo que ficou faltando?

A verdade é que os bissexuais não estão preocupados com o órgão genital do outro, ambos lhe dão prazer, se não fosse assim não seriam bissexuais. Mas existe algo além do quesito sexual na escolha de um parceiro: o amor.

Entenda que os bissexuais podem até se sentir sexualmente atraídos por ambos os gêneros, mas, assim como qualquer pessoa, são romanticamente atraídos apenas pelo “seu alguém”.

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